terça-feira, 22 de maio de 2012

visualização para professores


Você sabia que o rendimento de suas aulas melhorará significativamente com a adoção de uma simples técnica, adotada não só pelos melhores professores, como também por atletas olímpicos, empresários de alto nível e até pela NASA?

Trata-se de visualizar, por alguns momentos antes de cada aula:

ü      Seus alunos felizes, satisfeitos, e aprendendo rapidamente;
ü      A aula com um clima gostoso, agradável, alegre e divertido;
ü      Suas explicações sendo facilmente compreendidas, sanando quaisquer dúvidas;
ü      Todos se comunicando no idioma que estão aprendendo com total confiança, facilidade  e clareza (em caso de ensino de idiomas) ou então todos utilizando seus novos conhecimentos com maestria;
ü      Você conduzindo a aula com criatividade, satisfação e alegria!
ü      Qualquer outro resultado que deseje. Afinal, a imaginação é sua, quem impõe os limites é você!

Explicação:

Embora existam muitas teorias “esotéricas” que visam explicar porque a visualização funciona, existem algumas mais em linha com a psicologia, neurociência e a neurolinguística.  Segundo esta linha de pensamento, não enxergamos o mundo como ele realmente “é”, mas sim através de nossas crenças, que filtram o foco de nossa atenção de forma tão automática que não percebemos que estamos lidando com o mundo não em sua totalidade, mas sim de uma forma “pré-digerida” para se conformar com nossas crenças sobre ele. Por isso uma pessoa pessimista e uma otimista podem passar pelas mesmas situações e reagir de forma completamente diferente a elas, e dessa forma obter também resultados completamente diferentes partindo dos mesmos lugares. Visualizar ajuda a mudar o enfoque do seu cérebro em determinada situação.

Quando visualizamos os objetivos que queremos, fazemos uma série de coisas:

1.      Como citado acima, mudamos o nosso enfoque para aquilo que queremos. O cérebro é um mecanismo cibernético, ou seja, trabalha com metas e auto-corrige seu rumo até a obtenção das mesmas. Quando mantemos em mente o nosso objetivo, isso altera nossa percepção, fazendo com que enxerguemos ao nosso redor tudo que corrobora esta percepção, e tudo que auxilia na obtenção deste objetivo. Manter em mente um resultado “negativo” dirige sua mente nesta direção;
2.      Fazemos uma espécie de “treinamento” mental, que produz lembranças de situações de sucesso, o que permite um aumento na confiança e maior probabilidade de obtenção desse mesmo sucesso;
3.      Causamos alterações em nossa fisiologia, que embora muitas vezes sejam imperceptíveis à nossa percepção consciente, são “captadas” subliminarmente pelas pessoas ao nosso redor, desta forma modificando suas reações e disposição à nós. Isto altera completamente a dinâmica de qualquer interação social. Para testar isto de forma simples, experimente falar com alguém ao telefone imaginando que a pessoa do outro lado da linha está feliz e sorridente. Como Coordenador utilizo isto muito!

Enfim: a técnica funciona, é simples, e não custa nada. Inclusive o tempo gasto para fazê-la é muitas vezes menor que o que passamos imaginando como as coisas não darão certo, quantos problemas ocorrerão, etc. Pode e deve ser usada em outras áreas de nossas vidas também. Experimente!

domingo, 20 de maio de 2012

hábitos

Acabo de ler uma ótima definição de hábito: "algo que fazemos simplesmente porque a oportunidade se apresenta".

Se pensarmos em hábitos como a combinação entre a ativação de certos "caminhos neurais" ('neural pathways") e o comportamento que segue à essa ativação, então estes não diferem de qualquer outra estrutura que temos em nossos cérebros que tenha influência comportamental (subjetiva ou objetiva), e basta um estímulo à qualquer porção deste caminho para ativá-lo.

A parte sobre a "oportunidade se apresentar" diria respeito então à analogia entre algum estímulo sensorial  ambiental e qualquer porção deste "caminho". Um exemplo seria ouvir algumas notas de uma música e através deste pequeno trecho a música inteira é trazida de volta à consciência, mesmo que o trecho seja um do meio ou final da música.

Isto tem óbvias implicações no ensino, na aprendizagem, na comunicação e na terapia. Se quero obter determinada resposta de alguém, e as minhas tentativas "de praxe" não surtem efeito, posso imaginar algum outro componente deste comportamento (que imagino necessariamente faça parte dele) e que quero suscitar e então fazer referência à ele de alguma forma. Como um mágico que deseja que a pessoa escolha uma carta de naipe vermelho, e por isto diz para o voluntário: "Quero que você pense em uma carta QUENTE."

Ou então, se quero ensinar ou aprender algo, não preciso necessariamente partir "do começo". À medida que o assunto é visto e revisto, uma espécie de "mapa" do assunto vai se formando em nossos cérebros, certos trechos irão conter referências uns aos outros, uns mais fracos, outros mais fortes, como pontes que são construídas em determinados trechos de rios pois a necessidade das pessoas de passarem por ali se fez presente repetidas vezes.

Por isso, uma das filosofias da aprendizagem acelerada é a exposição não-linear, quase aleatório ao conteúdo. Isto se dá na prática com algumas técnicas como "mapas mentais", ou então folhear livros sobre o assunto que você queira aprender e deixar com que os assuntos que lhe chamam mais a atenção sejam vistos primeiro, e mais tarde quando um "núcleo" mais sólido tenha se formado as outras peças de informação são agregadas àquela forma inicial, como uma grande rede, conectada a outras redes maiores e menores.

sábado, 19 de maio de 2012

infinitas inteligências

Acho que avançamos muito desde a época em que se depositava tanta fé no conceito avançado por Binet de uma única medida para a inteligência. Em meados dos anos 80, Howard Gardner propôs a teoria das múltiplas inteligências, aumentando o número para sete: linguística, musical, lógico-matemática, espacial, cinestésica, intrapessoal e interpessoal.

Eu com meus devaneios filosóficos e leituras estou chegando à conclusão de que não existe motivo para nos restringirmos a  qualquer número: podemos (e devemos) considerar toda habilidade e toda percepção uma inteligência. 

São como algoritmos: sequências de instruções que visam um determinado resultado (ou conjunto de resultados aceitáveis naquele contexto). O estabelecimento proposital e manutenção de um algoritmo requer alguma espécie de inteligência, mesmo que a sequência em questão seja um simples "amarrar de cadarço", ou um "encher um copo", ou até um "rir de uma situação difícil".

Portanto, a quantidade de "inteligências" é potencialmente infinito, pois não parece haver limite para a experiência humana.