quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Estados 2

Outra coisa: um estado de consciência qualquer pode incluir diversas qualidades, tipos de pensamento, tipos de percepção, tendência a reagir de uma forma ou outra aos estímulos (tanto internos quanto externos...). Frequentemente a escolha do que chamar determinado estado é arbitrária, pois depende do objetivo ou interesse da pessoa rotulando o estado.

Por exemplo, para acalmar alguém (ou a mim mesmo), poderia induzir esta calma através do sono, ou de pensamentos reconfortantes, ou utilizando a alegria, exercício físico, distração... Cada um completamente diferente, mas todos podendo ser utilizados para esta mesma finalidade!

Estados

Tenho refletido sobre os estados que induzimos em nós mesmos. Outro dia estava sentado pensando, e me ocorreu um pensamento sobre um problema qualquer. Esse problema me fez seguir um caminho em minha mente, procurando outros problemas semelhantes, desdobramentos, possibilidades, o que um detalhe ou outro poderia significar... Quando dei por mim, estava em um estado diferente do que eu estava antes disso tudo, que eu mesmo induzi!

Percebi que era um estado alterado pois minha percepção havia se alterado sutilmente, minha noção de tempo...etc. Nada muito drástico, mas o suficiente para ser notado com um pouco de atenção.

Muitos de nós temos uma idéia de "estado alterado" como algo completamente diferente do habitual, e deixamos de notar os pequenos transes do dia-a-dia, por não reconhecermos as "pistas". Na verdade, a utilização do termo "transe" costuma induzir ao erro, pois não podemos operar neste mundo sem estarmos dentro de algum estado de consciência qualquer. A palavra "transe" faz com que pareça que ou se está completamente "lúcido" ou não (uma definição digital, binária), quando na verdade os estados de consciência possuem uma gradação.

Começando a perceber esses sinais, podemos perceber também os "gatilhos" (âncoras na PNL) que disparam esses estados, e podemos ter maior participação na qualidade de nossa(s) experiência(s).

domingo, 15 de agosto de 2010

Submodalidades... Enfim, uma luz! (parte 1)

Há muito tempo leio, estudo, procuro aplicar PNL, mas principalmente entender do que se trata antes de sair usando por aí. Quero ter certeza que aquilo que leio e/ou ouço falar funciona mesmo, possa ser aplicado em minha própria mente...

Entre as idéias que sempre me fascinaram na PNL, a das submodalidades é a que mais me causou frustração. Me lembro daquela letra do U2: "far away, so close": ("tão longe, mas tão perto"). Para quem não conhece, as submodalidades são o "como" dentro da nossa mente; "como" uma imagem qualquer aparece (centralizada, mais à direita ou esquerda, ampliada ou reduzida, colorida ou em preto e branco...etc), "como" um som é representado (alto, baixo, suave, vindo de alguma direção específica...etc) e por aí vai, cada sistema representacional possui o seu próprio conjunto. A idéia é que, alterando-se alguns destes elementos, também altera-se o significado da representação para a pessoa.

A idéia sempre me pareceu brilhante! As submodalidades seriam como uma forma de nossa mente "rotular" ou "catalogar" nossas experiências, para que saibamos como devemos reagir a elas. Por exemplo: "quando lembro disto me aparece uma imagem em preto-e-branco, ampliada e distorcida... hmm, deve ser algo assustador! vou sentir medo!"

Nada que diretores de cinema, artistas plásticos, fotógrafos, mães e pais, escritores, marketeiros e muitos outros já não façam há milênios. Por isso sempre fez sentido absoluto para mim. Mesmo assim, por algum motivo (ou motivos) não conseguia utilizar!

Aos poucos fui percebendo que eu havia me equivocado em relação à uma advertência que sempre se encontra nos livros que tratam do assunto: "Esqueça o conteúdo!!! Submodalidades dizem respeito à forma!!!" Então, procurando seguir esta orientação, quando por exemplo representava em minha mente a imagem de uma lembrança que ocorreu à noite, eu ficava confuso, pois achava que o fato da imagem ser escura dizia respeito ao "conteúdo", e portanto, deveria ser ignorado. Por causa disto, acabei buscando em vão um exemplo de "submodalidade pura", completamente independente do conteúdo!

Acontece que não existe submodalidade que independa do conteúdo. Se você representar algo de forma "borrada", "difusa", ainda assim terá que representar "alguma coisa" desta forma. Tem que haver algo ali!!! E muitas vezes o conteúdo poderá influenciar a submodalidade! Uma comparação que me ocorreu seria a de um presente (o conteúdo) e o papel de presente (a submodalidade). Sem o presente, o papel fica ali largado, sem forma (sei que neste exemplo o papel existe sem o pacote, mas o exemplo ajuda a ilustrar mesmo assim). Alguns tipos de presente já podem vir com um papel mais específico, como por exemplo um papel com estampa de "corações" para o dia dos namorados. Isso seria o equivalente de uma imagem escura pois aconteceu a noite, como no exemplo anterior, ou uma imagem afastada pois é uma lembrança de um objeto visto a certa distância. Mas o presente pode ter outra embalagem em volta que, apesar de não mudar de fato o conteúdo da embalagem, altera a forma como este é recebido. Um presente de dia dos namorados pode ter um papel com estampa de palhaços, e isto com certeza irá produzir um efeito marcante (espero que ninguém experimente descobrir qual...).